De tempos a tempos lá vem a notícia na comunicação social de que os jovens ficam até cada vez mais tarde em casa dos pais. Cada vez mais têm medo de dar o salto para a autonomia financeira. Algo que faz com que cresçamos a uma velocidade exponencial em pouco tempo. Só o simples facto de termos um orçamento limitado, a seguir ao qual não há mais, mesmo que não seja fruto do nosso trabalho, faz com que aprendamos muito.
Mas a verdade é que lá vão ficando com os pais o que provoca um retardamento no seu amadurecimento como adultos, o que acaba por trazer complicações para a sua vida, já que o mundo exterior não lhes dá qualquer desconto por viverem com os pais.
Tive recentemente um exemplo crasso dessa realidade quando um funcionário novo do local onde trabalho, para fugir a uma situação desagradável inventou uma doença com respectiva consulta médica e deixou que fosse a mãe a explicar tudo à chefia, como quem telefona à professora primária dizendo que o filha está com dores de garganta. Convém deixar claro que a suposta doença não era inibitiva de fala.
Este é apenas um exemplo, porque muitos outros existem a muitos níveis, quer no pessoal e emotivo, quer no campo profissional.
A maioria dos pais quer evitar que os filhos passem pelas dificuldades que experimentaram, protegendo-os até ao limite. Mas a verdade é que não se apercebem que não os estão a ajudar, mas a prejudicar, fazendo com que percam um pouco a noção da realidade.