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Por sua vez, a sociedade e as instituições da sociedade inclusivamente no que diz respeito ao sector privado devem assumir um papel mais coerente, assegurando a subsistência de um contexto adequado em que as pessoas, na medida em que envelhecerem, recebam o apoio de que precisam para poderem permanecer como protagonistas activos da sociedade. Ainda não tomámos em plena consideração o vasto significado das transformações demográficas que hão-de derivar do aumento da longevidade na Europa. O seu reconhecimento social não deveria estar vinculado unicamente à produtividade económica, uma vez que a dignidade inalienável de cada pessoa idosa não depende da sua utilidade aparente. Em muitos países europeus, as transformações dos padrões de medida familiar têm levado a um maior isolamento das pessoas da terceira idade. A diminuição das taxas demográficas é devida, parcialmente, a uma tendência individualista no campo da filosofia social contemporânea, cujo resultado é o facto de que as decisões relativas ao número e ao distanciamento entre os nascimentos dos filhos têm em menor consideração a responsabilidade das famílias em relação ao futuro da própria sociedade. Uma semelhante compreensão individualista da pessoa humana pode reduzir a capacidade da família, em termos do desempenho do papel que lhe é próprio na solidariedade entre as várias gerações. Naturalmente, as pessoas idosas têm necessidades especiais, no que diz respeito à habitação e a um ambiente vivo, que seja adequado para as suas diversas condições. O cuidado e a assistência deveriam tornar-se sempre disponíveis para elas, onde quer que decidam viver e, na medida do possível, nos arredores do ambiente em que passaram a maior parte das suas vidas, mas especialmente perto das suas respectivas famílias. O facto do aumento das proporções da longevidade há-de exigir não apenas algumas mudanças estruturais no seio das nossas sociedades, mas também nas opções das pessoas em geral. Com efeito, muitos dos problemas que os idosos devem enfrentar são o produto de opções erróneas de estilos de vida feitas na juventude, a respeito da alimentação e da dieta desequilibradas, da falta de exercícios e da escassez de recursos para as simples medidas de prevenção da saúde. Uma sociedade verdadeiramente multigeracional é aquela em que as pessoas da terceira idade sentem que lhe pertencem plenamente, em que a sua dignidade é sempre protegida, em que eles não têm medo e em que a sua contribuição seja respeitada e a sua sabedoria apreciada. |
O sol retira-se esplêndido por entre algumas nuvens rubras, raios singram para o alto como torres de uma catedral, retos como que feitos por um esquadro invisível. Surge Vênus e também ainda opaca, a Lua, prenunciando uma noite repleta de fluidos mágicos.Do alto de um dos milhares de blocos de concreto da cidade, na sacada do seu apartamento, Alceu alheio ao espetáculo celeste, observa os transeuntes apressados, rumo a seus lares.
Uma lágrima desliza em sua face e cai no vácuo.
Apenas uma palavra retumba em sua mente perturbada: Por que? Por que? Por que?
Trêmulo, retira do bolso da camisa um papel todo amassado que minutos antes jogara no lixo e relê pela décima vez o seu conteúdo: "Meu filho, estou muito preocupada contigo, faz três meses que não vens visitar-me, nem dás um telefonema! Tu bem sabes o meu problema nas pernas que me impede de ir até ti.
Desde a morte de tua esposa, modificastes a maneira de ser e agora vives encarcerado nesse apartamento. Alceu, lembra- te da tua infância, lembra-te de quando rezávamos juntos! Não recalcitres, Deus olha por ti. Tenha fé meu filho, Ele não nos dá provas maiores do que podemos suportar. Eu te amo tanto, será que não mereço uma migalha de tua estima? Mariana está no paraíso, pois era um anjo encarnado na Terra. Nós bem o sabemos: Quanta ternura e bondade naquele coração que tão cedo cessou o labor, pois Deus dela precisava para desígnios maiores.
Acredita em tua mãe, reze e te sentirás melhor...
Alceu, num impulso de revolta joga o papel fora e entre soluços balbucia: Deus... bem sabes minha mãe, nunca acreditei na sua existência. Pior! Se existe, como pôde levar minha Mariana tão cedo?!
Quantos planos tínhamos, quantas alegrias e lutas pela frente... Vejo os mendigos lá embaixo, os pivetes cheirando cola e roubando. Vejo toda essa hipocrisia no seio de instituições de caridade, que crescem à custa do dinheiro desse povo tão sofrido! Deus, se existes, o que significamos para Você. Cobaias? Marionetes de seus caprichos?
Como um raio a idéia de suicídio atravessa sua mente e ele olha para a calçada trinta metros abaixo de si.. A carta da mãe ainda plana no ar e suavemente deposita-se ao lado de um poste. O semblante sereno de Dna. Isaura com seus cabelos algodoados, interpõem-se à idéia nefasta e Alceu joga-se exausto sobre o sofá da sala.
"Mariana, como posso continuar sem o seu sorriso, sua alegria de viver, suas palavras sempre sensatas, direcionadas para o bem de todos? Que mundo é esse que crê num Deus implacável?!"
No dia seguinte Alceu acorda com as primeiras carícias do astro-rei. Ele se levanta do sofá e mecanicamente liga a televisão. No jornal matutino mais uma tragédia. O repórter comenta o assassinato de um garotinho de sete anos, ocorrido um mês atrás após ser seqüestrado e o seu pai pago o resgate.
Surpreendentemente, o pai da vítima, chorando, desabafa nesses termos:"- Eu perdôo o seqüestrador, ele é tão desgraçado quanto eu, seu sofrimento talvez seja encoberto por sua demência, ou maldade, seja lá o que for, mas que posso eu fazer agora? Apenas chorar e rezar para que ele se arrependa. Ódio? Eu senti no início, mas eu preciso ser forte e dar o exemplo para o meu pequeno, que com certeza, encontra-se agora ao lado de Deus!
Alceu sorri sarcasticamente:
- Deus! Esse pobre homem perdeu a razão!
Alceu toma apenas uma xícara de café bem forte e dirigi-se ao cemitério, onde jazem os restos mortais de sua amada.
No caminho, recebe quatro panfletos:
O primeiro de uma instituição católica, que ele joga na cara do rapaz que o oferecera. O segundo, é de uma instituição espírita, do qual logo ele se livra. O terceiro, de uma instituição evangélica, que tem o mesmo destino dos outros. Cada vez mais nervoso, ele recusa mais três papéis oferecidos.
Nunca vi coisa igual, logo terão redes para capturar-nos!
Mas o quarto panfleto, não seria oferecido por mãos humanas: ao chegar em frente ao jazigo da esposa, ele se depara com um papel de uma congregação Hare-krishna. Mais controlado, pega a folha e joga-a num latão de lixo próximo.
Alceu passa horas ali entre os túmulos, relembrando o passado recente.
No dia seguinte, o porteiro bate à sua porta e entrega-lhe um pequeno pacote. Abrindo-o, o rapaz se depara com uma Bíblia.
O que! deve ter sido minha mãe, nem há remetente.
Alguns minutos depois, o porteiro reaparece e sem graça, desculpa-se pelo engano. O pacote na verdade, deveria ser entregue para uma senhora que morava no andar de cima.
O jovem viúvo relembra as palavras da mãe: "Deus olha por ti"
Naquela mesma tarde ele descia no elevador, quando entrou um garoto de uns nove anos que, na pureza da idade lhe perguntou de sopetão:
- Moço, você acredita no papai do céu?
Nesse instante sentimentos contraditórios apossam-se do ateu convicto. O que dizer para uma criança?
- Sim, sim, acredito.
- Ah, que bom, sabe eu vi na televisão um moço que disse não acreditar, como deve ser triste esse moço, não é?
- Sim, sim, realmente.
À noite, Alceu reflete sobre os últimos acontecimentos. Ele se dirige à sacada e observa o céu: lá está a lua tantas vezes admirada por ele e sua esposa, ao lado do satélite, a constelação de Orion e suas três estrelas unidas como que num bailado sideral. Alceu sente uma onda de paz percorrer todo o seu corpo. Há meses, não conseguia admirar as belezas da natureza.
Lá embaixo, ao lado do mesmo poste onde pousara a carta de sua mãe, um mendigo dorme profundamente.
Deus, por quê? Se governas realmente o mundo, dê-me uma prova, ajuda-me a crer! Como posso fazê-lo com cenas como essa?
De repente, uma van branca, estaciona próxima ao indigente e três pessoas saem com algumas roupas. Uma delas carrega consigo uma marmita. Suavemente acordam o pobre coitado e no silêncio da noite, Alceu escuta o ecoar de agradecimento do mendigo:
Deus os abençoe, Deus os abençoe.
Alceu chora copiosamente.
Marcel Alcântara
Cresci perto dos chamados animais de quinta
cavalos,cães, gatos, coelhos, portos, burros etc. Talvez por isso nunca consegui ter um cão aqui, em casa. Nao consegui Privar um animal de liberdade, de correr saltar, apanhar sol e ar. que me perdoe o meu filho, pois nunca lhe dei o cão, tendo-me ficado apenas pelo peixinho e um canário, que tenho prisioneiro na gaiola da cozinha.
Graças a deus sou daquelas pessoas que residindo em Lisboa tenho "Terra", onde vou aos fins de semana e feriados, onde se pode ver e conviver com os cães da avó, os gatos da prima, os porcos do tio etc.E é assim que os miudos tem contactado com os animais.
Hoje durante a hora de almoço, uma colega , diz-nos que irá amanhã dia 13 de Maio a Fátima. Logo eu, muito apressada lhe digo:
-Amanhã dia 13 de Maio? Estás doida, são milhres de pessoas, muita confusão!! Sim, responde a amiga, já lá tenho ido e não me importo.E ainda ela para mim:
-E tu? Não te lembras do episódio que me contaste, da tua ida a Fátima num dia 13?
Bom, caí em mim. O referido episódio, ficou-me bem registado e não o esquecerei.
Foi há três anos, o meu pai estava doente e fez uma operação muitissimo delicada.Como ele era muito, crente em Nossa Senhora de Fátima, prometi-lhe que um dia depois da operação haveriamos de ir a Fátima, ouvir uma missa, mas acrescentei eu, não num dia 13, nunca ao dia 13, pois é muita a confusão.
Após a operação, e já melhor, num dia em que os meus pais me visitaram ,resolvi:
-Vamos hoje a Fatima!?
Claro que sim, todos concordaram.
E lá fomos,de Sintra a Fátima apenas 1 hora de caminho.Chegados , quase...começamos a sentir uma fila enorme . Pergunto eu: - Mas que confusão é esta? Então mesmo durante a semana, vem aqui tanta gente?Responde a minha mãe, "Parece-me que hoje é dia 13, ou estou enganada?
Era dia 13 - 13 de Junho - "Eu que tinha prometido ouvir uma missa em fátima com o meu pai, mas não (nunca) ao dia 13", pois não estava para confusões , fiquei, sem pinga de sangue.
Então ali estava eu em Fátima a um dia 13? Nenhum de nós se tinha apercebido que era dia 13? Ou só eu estava distraida? E que força foi essa que me impeliu a escolher inconscientemente aquele dia? O meu pai lá me disse umas coisas, tais como: Há forças que nós desconhecemos, etc. Direi eu...coincidências.
Hoje durante o almoço, falamos deste assunto. Surpresa, foi quando um dos meus favoritos, posta um artigo a falar de Fátima.
Por todas estas coincidencias, vos deixo este post.
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